Estamos
a afastar-nos da sociedade industrial centrada na produção de bens. Nas últimas
décadas vivemos na Sociedade da Informação, assente no desenvolvimento das
novas tecnologias de informação e comunicação, que aproximaram o Homem e
transformou a Terra numa “aldeia global”. Hoje caminhamos para a Sociedade do Conhecimento,
onde o domínio da tecnologia e da ciência dita o poder económico e a supremacia
dos países.
Para Ronald Barnett (2002) cit. Clímaco (2005) vivemos num mundo caracterizado pela contestabilidade – fruto da liberdade de expressão que caracteriza a democracia do mundo ocidental, pelo desafio – novos conhecimentos estão surgindo, consequência da inovação e avanços tecnológicos; pela incerteza – devido ao ritmo de mudança no conhecimento, na organização social, no trabalho e na economia, e pela imprevisibilidade – a analise e compreensão dos sistemas fogem aos parâmetros estabelecidos. Acrescentaria, pelo contraste – entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento; pela interculturalidade – no contacto entre os povos, e pelos desafios ambientais – em resposta à degradação ambiental. Qual a resposta da educação e sistemas educativos face a estas constatações?
Adotando a definição de Ramos (2007), o sistema educativo é constituído pelo conjunto de estruturas e instituições educativas, que ao relacionarem-se entre si e com o meio ambiente de forma integrada e dinâmica, procuram alcançar um objetivo comum, o de garantir a realização de um serviço educativo que corresponda às exigências e demandas da sociedade. Assim, educação e sociedade interrelacionam-se, num movimento dialético de influências recíprocas; se a educação é ditada pela sociedade, a evolução da sociedade é condicionada pela educação.
Atualmente a educação tem vindo a ser direcionada em duas perspetivas, a social, ao «assegurar a formação civil e moral dos jovens».[1], e outra de carater técnico ao desenvolver capacidades para o trabalho, presentes na formação geral e na formação específica[2]. Assim, desenvolveu-se o conceito de escolaridade obrigatória, a cumprir por todos os cidadãos, proporcionando competências que possibilitem a sua integração na sociedade. A formação específica incidindo no ensino secundário e superior, destaca o aprofundamento dos saberes e o desenvolvimento de capacidades técnicas e científicas capazes de darem resposta à evolução tecnológica. Acompanhando a tendência europeia, a escolaridade obrigatória em Portugal com a Lei n.º 85/2009 de 27 de Agosto, passou a abranger os jovens até aos 18 anos de idade. O prolongamento da escolaridade obrigatória, abrangendo o ensino secundário, não será uma resposta ao desafio da sociedade, na exigência de cidadãos cada vez mais qualificados?
Como refere Delors[3], é necessário caminhar-se para uma “Sociedade Educativa” assente em quatro pilares: Aprender a Ser – ao formar cidadãos autónomos, responsáveis, capazes de construírem o seu projeto de vida; Aprender a Conhecer – ao promover o desenvolvimento de competências que possibilitem ao individuo construir o seu conhecimento, potenciando os novos meios de saber numa sociedade em rede; Aprender a Fazer – ao dotar o individuo de capacidades para a aplicabilidade dos saberes teóricos, promovendo o desenvolvimento tecnológico; Aprender a Viver Juntos – promovendo a descoberta do outro e o respeito pela diferença, no desenvolvimento de projetos comuns. Neste contexto, a educação pode conduzir à formação do Homem participativo que respeita os valores democráticos, capaz de responder aos desafios inerentes a novos conhecimentos, que se adapta aos ritmos de mudança e responde de forma eficaz à imprevisibilidade, aliado à solidariedade e respeito pela diferença e pelo próprio planeta que o sustenta.
Para dar resposta a novos desafios, Costa (2007) defende sistemas educativos que desenvolvam a imaginação, a criatividade, a comunicação e o trabalho em equipa, alicerçados pela flexibilidade na adaptação à mudança. No caso específico do sistema educativo português advoga maior interação entre os elementos que o constituem e entre este e a sociedade, preconiza a autonomia das escolas e a aposta na inovação e formação ao longo da vida, caminhando assim, em direção à demanda da Sociedade de Informação e do Conhecimento.
Para Ronald Barnett (2002) cit. Clímaco (2005) vivemos num mundo caracterizado pela contestabilidade – fruto da liberdade de expressão que caracteriza a democracia do mundo ocidental, pelo desafio – novos conhecimentos estão surgindo, consequência da inovação e avanços tecnológicos; pela incerteza – devido ao ritmo de mudança no conhecimento, na organização social, no trabalho e na economia, e pela imprevisibilidade – a analise e compreensão dos sistemas fogem aos parâmetros estabelecidos. Acrescentaria, pelo contraste – entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento; pela interculturalidade – no contacto entre os povos, e pelos desafios ambientais – em resposta à degradação ambiental. Qual a resposta da educação e sistemas educativos face a estas constatações?
Adotando a definição de Ramos (2007), o sistema educativo é constituído pelo conjunto de estruturas e instituições educativas, que ao relacionarem-se entre si e com o meio ambiente de forma integrada e dinâmica, procuram alcançar um objetivo comum, o de garantir a realização de um serviço educativo que corresponda às exigências e demandas da sociedade. Assim, educação e sociedade interrelacionam-se, num movimento dialético de influências recíprocas; se a educação é ditada pela sociedade, a evolução da sociedade é condicionada pela educação.
Atualmente a educação tem vindo a ser direcionada em duas perspetivas, a social, ao «assegurar a formação civil e moral dos jovens».[1], e outra de carater técnico ao desenvolver capacidades para o trabalho, presentes na formação geral e na formação específica[2]. Assim, desenvolveu-se o conceito de escolaridade obrigatória, a cumprir por todos os cidadãos, proporcionando competências que possibilitem a sua integração na sociedade. A formação específica incidindo no ensino secundário e superior, destaca o aprofundamento dos saberes e o desenvolvimento de capacidades técnicas e científicas capazes de darem resposta à evolução tecnológica. Acompanhando a tendência europeia, a escolaridade obrigatória em Portugal com a Lei n.º 85/2009 de 27 de Agosto, passou a abranger os jovens até aos 18 anos de idade. O prolongamento da escolaridade obrigatória, abrangendo o ensino secundário, não será uma resposta ao desafio da sociedade, na exigência de cidadãos cada vez mais qualificados?
Como refere Delors[3], é necessário caminhar-se para uma “Sociedade Educativa” assente em quatro pilares: Aprender a Ser – ao formar cidadãos autónomos, responsáveis, capazes de construírem o seu projeto de vida; Aprender a Conhecer – ao promover o desenvolvimento de competências que possibilitem ao individuo construir o seu conhecimento, potenciando os novos meios de saber numa sociedade em rede; Aprender a Fazer – ao dotar o individuo de capacidades para a aplicabilidade dos saberes teóricos, promovendo o desenvolvimento tecnológico; Aprender a Viver Juntos – promovendo a descoberta do outro e o respeito pela diferença, no desenvolvimento de projetos comuns. Neste contexto, a educação pode conduzir à formação do Homem participativo que respeita os valores democráticos, capaz de responder aos desafios inerentes a novos conhecimentos, que se adapta aos ritmos de mudança e responde de forma eficaz à imprevisibilidade, aliado à solidariedade e respeito pela diferença e pelo próprio planeta que o sustenta.
Para dar resposta a novos desafios, Costa (2007) defende sistemas educativos que desenvolvam a imaginação, a criatividade, a comunicação e o trabalho em equipa, alicerçados pela flexibilidade na adaptação à mudança. No caso específico do sistema educativo português advoga maior interação entre os elementos que o constituem e entre este e a sociedade, preconiza a autonomia das escolas e a aposta na inovação e formação ao longo da vida, caminhando assim, em direção à demanda da Sociedade de Informação e do Conhecimento.
Bibliografia:
Clímaco,
Maria do Carmo (2005) – Avaliação de Sistemas em Educação. Lisboa: Universidade
Aberta
“
Educação um Tesouro a Descobrir” (1996) Relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI – edições A
Ramos. C (2007) “Sobre o conceito de “Sistema”, in http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/
Ramos. C (2007) – “Aspectos contextuais dos
Sistemas Educativos” in http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/
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